Desde que o Brasileiro passou a ser disputado por pontos corridos, nenhum clube do Nordeste passou mais de três anos na elite.
A permanência do Bahia na Série A do Campeonato Brasileiro foi comemorada com grande festa por parte da torcida tricolor. A garantia de se manter na disputa da elite do futebol nacional pelo terceiro ano consecutivo – após um hiato de sete anos – deixou os torcedores eufóricos. Mas um dado negativo pode gerar grande preocupação para a próxima temporada.Desde que o Brasileiro passou a ser disputado por 20 clubes no sistema de pontos corridos, nenhuma equipe que subiu para a Primeira Divisão – excetuando as 12 grandes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – conseguiu se manter por mais de três anos na Série A. Pior: desde 2003, nenhum nordestino chegou à quarta temporada consecutiva no topo do futebol nacional.
- O torcedor baiano quer o título, mas tem que entender que o poderio financeiro, a diferença, é muito grande. Em um campeonato que precisa ter regularidade, é quase impossível. Na Copa do Brasil, na Libertadores, é mais fácil – opinou o técnico Jorginho.
O dado ganha ainda mais força quando se observa apenas os clubes nordestinos com participações na Série A. Desde 2003, quando a competição passou a ser disputada em sistema de pontos corridos, nenhum clube da região conseguiu permanecer por mais de três anos na elite. Vitória, Náutico e Sport caíram no terceiro ano. O Bahia vai completar o triênio na próxima temporada.
De acordo com os números apresentados pelo mandatário do clube baiano, o Corinthians e o Flamengo estão no primeiro grupo com R$ 114 milhões. Vasco, Santos, Palmeiras e São Paulo estão em seguida com R$ 75 milhões. O terceiro grupo, que recebe R$ 55 milhões, é formado por Cruzeiro, Atlético-MG, Grêmio, Internacional e Botafogo. O Bahia aparece somente no quarto degrau ao lado de Coritiba, Goiás, Sport e Vitória. Estes clubes recebem R$ 30 milhões pelos direitos televisivos.
- Não devemos nada em número de torcida ao Botafogo. Nem em presença de estádio, valor de marca, nada. Temos um estudo feito, e a nossa briga junto às entidades é para colocar o Bahia nessa faixa (terceiro grupo com receita de R$ 55 milhões). Não sei se isso vai acontecer, mas o Bahia tem de estar, no mínimo, nesse grupo – opinou o dirigente.
Com a diferença financeira em relação às outras equipes do Brasileiro, o dirigente lembrou que precisa redobrar o trabalho para ter um bom desempenho no competição.
- Há uma relação direta entre as receitas que cada clube tem, a divisão das receitas do futebol brasileiro, e o resultado final. Isso torna o nosso trabalho mais difícil e um desafio constante para tentar melhorar mais e mais. O desafio para clubes com o tamanho do Bahia é maior – finalizou.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/ba/
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